Canto de todo pranto
Enquanto que por ti caio por ternura
Meus braços de laços aquecem,
As veias de areias umedecem,
E o pensar foge em tua procura.
Por que tanto sofremos criatura?
Se nosso viver e nosso morrer crescem,
Os brandos sentimentos permanecem
E o remédio pra curar não cura!
Enquanto esta arvore tiver raiz
A folha que folia não secará,
O vento que é dentro não tardará;
E a melodia da poesia que fiz
Será canto que em prantos me desfiz,
Uma nota que brota um dó para amar.
Enquanto que por ti caio por ternura
Meus braços de laços aquecem,
As veias de areias umedecem,
E o pensar foge em tua procura.
Por que tanto sofremos criatura?
Se nosso viver e nosso morrer crescem,
Os brandos sentimentos permanecem
E o remédio pra curar não cura!
Enquanto esta arvore tiver raiz
A folha que folia não secará,
O vento que é dentro não tardará;
E a melodia da poesia que fiz
Será canto que em prantos me desfiz,
Uma nota que brota um dó para amar.