26.7.07




Canto de todo pranto



Enquanto que por ti caio por ternura
Meus braços de laços aquecem,
As veias de areias umedecem,
E o pensar foge em tua procura.

Por que tanto sofremos criatura?
Se nosso viver e nosso morrer crescem,
Os brandos sentimentos permanecem
E o remédio pra curar não cura!

Enquanto esta arvore tiver raiz
A folha que folia não secará,
O vento que é dentro não tardará;

E a melodia da poesia que fiz
Será canto que em prantos me desfiz,
Uma nota que brota um dó para amar.